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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Dia das Crianças e os Presentes



Toda criança espera seu presente no dia das crianças e os pais também querem dar os presentes para os seus filhos. A questão é, que as crianças estão ganhando presentes a toda hora, sem data definida, sem motivo aparente, simplesmente porque querem algo. Sendo assim, aquele presente do dia das crianças passa a ter de ser um "mega" presente pois, quase toda semana, eles ganham "pequenos" presentes.
A situação piora ainda mais quando existe disputa por melhores presentes em caso de pais separados. Na intenção de agradar mais o filho, ou garantir seu afeto, ou suprir a sua ausência, os "presentes ficam competindo" para ver qual será o presente "melhor ou mais caro".
Muitas vezes porém, se observarmos de perto, as crianças quase não brincam com todos os brinquedos que tem. A novidade dura pouco mais de meia hora e depois fica acumulado com os demais. Parece que estamos vivendo a necessidade compulsiva pelo TER. E, passado o dia das crianças, eles já estão de olho no Natal.
Então, devemos observar cuidadosamente, a quantidade de brinquedos que pais e familiares estão dando para as crianças, se existe realmente a necessidade daquele brinquedo naquele momento e também procurar observar a utilidade e benefício do brinquedo. Se é educativo, o que ele incentiva ou estimula.
Outro aspecto que devemos levar em conta é o presente certo na idade certa. Muitas caixas de brinquedo já vem com a indicação de idade, porém estou me referindo aos outros presentes que muitas vezes são dados em idades inadequadas, como por exemplo, um celular para crianças de 6 - 7 anos, ou ainda um notebook para crianças de 8-9 anos, sapatos de salto alto para meninas de 8-9 anos, enfim... Tudo tem seu tempo, hora e data adequada.
A mídia descobriu, rapidamente, um público alvo ótimo para o consumo: as crianças. Nos canais de televisão, direcionados para eles, ocorre um verdadeiramente bombardeio por consumo dos produtos e brinquedos para as crianças. Cabe aos pais conseguirem estipular o que eles podem e precisam ter e mostrar uma visão crítica diante de todo este consumo da televisão.
Estimular o simples TER, a quantidade, sem garantir a qualidade e dar tudo o que eles solicitam é muito perigoso. Bom senso e prudência é sempre um bom conselheiro.
Quem sabe está na hora dos pais contarem como eram as brincadeiras quando eles eram pequenos? Aproveitem para brincar de pega-pega, esconde-esconde, cabra-cega, ovo-podre, pular corda, cada macaco no seu galho, amarelinha, jogar bola, perna de pau (feito com latas de nescau e barbante mesmo), taco ou ainda ler um ótimo livro com seus filhos. Tenho certeza que será um dia das crianças inesquecível. Depois me contem tudo.
Beijos.

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