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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Filhos sem frustração...

     Presenciar cenas tristes, entre pais e filhos, infelizmente, tem feito parte do cotidiano.  O início de ano, nas escolas, acompanhamos pais, pedirem desculpas aos filhos adolescentes, porque não conseguiram, que as escolas, colocassem seus pimpolhos na mesma turma que os amigos de toda uma vida.
     Os adolescentes, criados no imediatismo e com baixa ou nenhuma tolerância à frustração, querem o seu prazer atendido no mesmo momento em que entram na escola e olham na lista da turma que seu nome não está junto com fulano ou ciclano. No mesmo momento, pegam seus celulares e telefonam aos pais para virem resolver esta questão. Enquanto isso, ficam sentados em algum corredor ou escadas da escola, emburrados ou conversando com seus colegas. Os argumentos são: Sem meus amigos eu irei mau na escola. Perderei a motivação para estudar, frequentar a escola, fazer os trabalhos,... Não tenho com quem conversar e fazer trabalhos na sala.
     Os pais ficam extremamente tocados com todos estes argumentos, choros e lamentações e saem do trabalho e ficam, o tempo que for necessário na escola, para terem seus pedidos atendidos. Tudo para seus filhos não tenham de lidar com frustração, não desenvolverem resiliência, entre tantos outros aspectos que seriam tão necessários e importantes.
     Filhos que mandam nos pais e fazem com que estes sintam-se culpados. Que geração é esta? A geração dos pais e não dos filhos como todos pensaram. Sim, pois fico pensando o que leva pais acreditarem que, tratar adolescentes desta forma, é benéfico para eles. Que tipo de adultos estamos educando para o futuro.
     Apesar de saberem a necessidade de limites e também terem muito mais informações sobre educação, do que as gerações passadas, os pais não conseguem mudar este comportamento. São os pais que precisam urgentemente mudar e não os filhos, estes são consequência da forma que os pais e a sociedade estão lhe ensinando.
     Pai não é amigo. Pai é pai. Mãe é mãe. Amigo ele troca, conquista, perde, tem um em cada ambiente que vive. Pai e mãe são únicos e precisam fazer o seu papel. Ajudá-los a lidar com frustração, desenvolver resiliência e saber que, nem tudo na vida nós temos o poder de escolher e nem pedir para os pais resolver para nós.

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